quarta-feira, 5 de maio de 2010

vem pra cá!


Eu li a super interessante dessa semana e confesso que fiquei intrigada. Lá a reportagem era sobre o amor, estudos provam que existe uma fórmula, que há um tempo de 7 anos para a paixão acabar e que não nascemos para sermos monogâmicos.
Bom, são temas extremamente polêmicos, que portanto eu adorei discutir, raciocinar, encontrar respostas que me satisfizessem à todas aquelas perguntinhas.
Vamos começar sobre a paixão, todos sabemos que ela é passageira, avassaladora a ponto de nos deixar de 4 por alguém e depois sofrer que nem o diabo pra voltar ao que éramos antes e muitos ainda ficam sequelados por toda a vida. No entanto, existem sim pessoas que conseguem manter a chama da paixão acesa por todo o casamento, seja ele de 10-20 ou mesmo 30 anos, eles possuem algo que se chama dedicação, eles dedicam-se um ao outro, cuidam do relacionamento para que floresça e nunca entrem em monotonia, eles buscam satisfazer-se mutuamente de modo que sempre sintam desejos um pelo outro, cultivando, portanto a admiração. É tão complicado fazer esse trabalho de dedicação, que pelo meio da jornada muitos chutam o balde, o pau da barraca e desistem do outro. O que eles não sabem é que ao desistir da outra pessoa em uma relação estão desistindo de si mesmo, pois cuidar do outro é um exercício de edificação espiritual, emocional e que, portanto, aprender a lidar com uma relação com cuidados e seriedade nos rende muita maturidade e felicidade como consequência.
Bom, se é tão raro conseguirmos que a relação dê certo de maneira saudável e a chama da paixão se permaneça acesa, é óbvio que então outros desejos oportunistas, latentes em nós entrarão em cena quando não estivermos felizes com alguém e esses desejos são variados, pode ser atenção, carinho, cobiça, luxúria, prazeres sexuais que, portanto nos tornarão vulneráveis a abdicar de vez do nosso companheiro em busca dessas coisas que nos faltam.
Aqui entraremos na questão da monogamia, que a meu ver, não há o simples lance de não termos nascidos para sermos monogâmicos, pois se formos levar em consideração esse princípio, nós também não nascemos para infinitas coisas as quais hoje desenvolvemos habilidades.
Para mim então, a questão gira em torno de olhar apenas para o próprio umbigo, enquanto nós estivermos atrás de alguém para nos fazer felizes, nos satisfazer, nos propiciar prazer... Não encontraremos uma relação saudável, pois estar com alguém implica não pensar mais somente em nós e sim no outro, em satisfazê-lo para nos satisfazer, em dar prazer para então receber o prazer. É preciso deixar de lado o egoísmo, para se doar sem esperar em troca e criar então uma via de mão dupla que atenda ambas as necessidades. Isso para mim é uma relação saudável!
Não obstante a isso, estava eu conversando e pensando acerca dos homens da minha cidade, eles culturalmente têm o hábito mundial de cultuar a estética, o que é belo, logo em uma cidade eminentemente feminina-machista, eles podem escolher as que lhes satisfaçam mais esteticamente, no entanto priorizando tanto a estética eles acabam por esquecer-se de cultivar admiração um pelo outro em uma relação, afinal é preciso enxergar outras qualidades no outro que não possuímos e passar a admirá-lo dessa maneira, de modo que possamos nos identificar e querê-los ao lado até para aprender com o outro sobre essas determinadas coisas que não possuímos. Então o que acaba acontecendo em uma relação puramente estética é que esta é baseada no prazer, naquilo que o teu corpo pode me proporcionar sexualmente e visualmente. O homem aqui na minha cidade busca somente o prazer dele, raras vezes busca nos satisfazer. O que é um problema, por que eles muitas vezes mesmo não sendo tão privilegiados fisicamente (estética) deveriam sim se desdobrar para nos conquistar e nos satisfazer para compensar a falta da "beleza" (pelo menos estudos apontaram na revista que homens feios são de fato melhores amantes, mas não aqui!), no entanto como há demasiadamente muita mulher, isso acaba não acontecendo e gera situações "estranhas" como a que temos lidado constantemente, mulheres lindas, porém acompanhadas de homens feios e que ainda por cima não as valorizam primordialmente enquanto mulheres, logo elas em maioria são infelizes e eles por mais que as achem lindas, possuem ainda muitas outras, ou seja, traem.
A traição aqui (e me refiro a minha cidade por que é onde eu conheço e sei como as coisas são, pois sei que não é assim no mundo inteiro, então não posso generalizar) a meu ver, é muito mais sobre o péssimo hábito de não saber cultivar uma relação, terem acostumado-se a não cuidar e dedicar-se ao outro em busca sempre de satisfazer seus anseios com quem aparecer disponível a fazê-lo, algo que é muito facilitado pelo alto numero de mulheres que também culturalmente habituaram-se a não se valorizar devidamente. Lógico, que aqui também há suas raras exceções, mas é preciso que se mude a mentalidade cultural quanto a isso aqui na minha cidade o quanto antes, ou a situação vai virar de tamanha insatisfação que para cobrir essa lacuna sentimental na vida de cada um será necessário o aumento cada vez maior do consumismo, da ostentação, da banalização, do mau-caratismo e será como uma doença. Agora imaginem eu em uma selva dessas, o que faria para me defender?Bem, ou sumiria depressa daqui ou me adaptaria, me envolvendo com várias pessoas, sem significado, por prazer imediato e seria mais um número em favor da não manutenção de uma relação saudável que é a geradora de uma boa família, educação, equilíbrio e estabilidade emocional, afinal somos seres sentimentais e ainda seria eterna insatisfeita, fútil e infeliz. Tem coisa melhor?
Eu rezo então e discuto muuito e agora posto aqui, para que sejamos então a favor das relações estáveis e sérias, é absolutamente normal que conheçamos várias pessoas até que encontremos a que mais nos identifiquemos. Mas que nessa busca, procura, não nos esqueçamos do “outro”, não percamos a sensibilidade, a busca pela felicidade e não somente do prazer, que almejemos sempre pela satisfação espiritual acima das coisas banais e ainda que nos valorizemos uns aos outros acima de tudo enquanto seres humanos.
Viva o afeto, a calorosidade humana, o amor a solidariedade.
Assim tenho CERTEZA que não só minha cidade vai pra frente, mas o Brasil também!

Um caloroso e afetuoso abraço!

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