segunda-feira, 5 de julho de 2010

Meus dias...

m
Ai vida, confesso que andei entediada alguns dias atrás, havia completado 2 semanas de férias, sozinha, haja visto que todos os amigos ainda enfrentavam trampo, aulas, provas, e suas ocupações e eu sem absolutamente nada para fazer. Mergulhei no tédio quando cansei de ouvir meu irmão dizer essa palavra, logo na primeira semana de férias. Cheguei a pensar engenuamente que minhas férias inteiras pudessem ser assim e nem preciso dizer quanto sofrimento antecipado isso me causou.

Hoje, livre de tensões por excesso de ociosidade e ansiedade, após ter começado a ler Paixão segundo G.H (Clarice Lispector) e O encontro marcado (Fernando Sabino), eles tem sido uma excelente companhia, consegui até combinar com o Dinho para que lêssemos juntos e assim fossemos trocando ideias e experiências de leitura, já que o convenci sem grandes esforços a comprar "Encontro marcado" no shopping quando nos encontramos casualmente após uns 4 anos sem nos vermos( lembrei ter dito 6, por ter enjoado de tanta coisa na minha vida ter acontecido em 4 anos). Foi um encontro tão "aconxegante", daqueles que você sente o quanto gosta de uma pessoa ao abraçá-la, aquele encaixe perfeito como se houvesse muita compatibilidade entre duas pessoas, a troca de afetos e tudo o que envolve os sentimentos ali manifestos. Ele sabe do cheirinho agradável que não saiu das minhas narinas até agora, devido minha memória olfativa, mas não era um odor de uma fragrância conhecida ou demasiadamente deliciosa, era um cheiro único, peculiar dele...que confesso jamais esquecer.

Depois de encontra-lo e trocarmos poucas palavras, mas nem ter sentido a falta delas em meio as expressões e a companhia tão satisfatória dele e de minhas 3 amigas, passeamos pelo shopping, comemos, rimos e afazeres deste tipo, com pessoas que tanto estimo me relembram a calorosidade humana, do quanto eu preciso dessa afetuosidade toda para ser feliz.

Nesse mesmo dia ocorreram duas coisas bastante curiosas, a primeira que a caminho do shopping, cansada pela farra da noite anterior e de não ter dormido nada em meio a tantos afazeres em um sábado que deveria ser "Morto", eu no ônibus sonolenta com o fone de ouvido ao contemplar a paisagem já batida do percurso do ônibus, me deparei com um jovem em um posto de gasolina e como curiosa que sou, fixei nele meu olhar para ver se o conhecia, se era "bem afeiçoado" ou por falta do que olhar mesmo e notei que nossos olhares haviam se encontrado, não acreditando naquele evento olhei ao meu redor para certificar-me de que era comigo mesma e para minha surpresa não só era, como ele fez gestos para que eu descesse do ônibus e o encontrasse, nossa eu tomei um susto, por que foi tão por acaso, foi quando tentei reparar melhor sua feição e tudo de que consigo me lembrar é que era um moreno forte, do tipo saradão, com uma bermuda camiseta e chinela, alto, bonito, sedutor pela maneira como me olhava, estava dirigindo um Civic prata e despertou-me muito interesse, não pelo fato de estar em um carro ou por ser bonito, mas pela forma com que me olhou e demonstrou interesse publico por mim, para que não só eu me admirasse mas todo o ônibus, os que estavam no posto de gasolina. Fiquei absolutamente perplexa, era fim de tarde, o que além da sensação de tranquilidade me fez pensar: -Será ele uma oportunidade de ser feliz? -Ou será ele mais um idiota ou psicopata? Como meu bom senso falou mais alto, eu o segui pelo olhar enquanto o ônibus seguia e ele me acompanhava meio que agoniado e eu aflita por não poder fazer nada, embora quisesse de verdade matar a minha curiosidade do "como teria sido", definitivamente visualmente ele preenchia todos os requisitos, mas de todas as indagações ficou uma, a de que eu renovei as esperanças quanto a encontrar alguém, não que eu esteja procurando, mas que pense que talvez ainda exista nessa cidade alguém para mim. Renasceu um sentimento novo em mim. Cheguei no shopping com sorriso de orelha a orelha, contei as amigas, depois tomamos 1 gelada no bar das amigas, reencontramos outra turma, a Bia uma amiga que a tempos não via estava presente, não sei se pelas chateações passadas, mas o clima não era dos melhores, nem dos piores, mas não nos fez querer prolongar ali por muito tempo. Quando por fim cheguei em casa, o cansaço pesou de 24h acordada, fui ainda ao computador esperar uma amiga que viria dormir aqui e então dormirmos fofocando.

No domingo, eu estava bem tranquila, a elo aqui queria fazer algo, então decidimos com outros amigos irmos ao Açaí Biruta, quando chegamos o sufoco era tamanho, tanta, mas tantaaa gente que nos sentimos desconfortáveis, em meio a bagunça encontrei algumas pessoas, fichinhas repetidas como sempre e uma delas me causou certa intriga, (queria poder ser mais óbvia) então nesse domingo eu decidi por em prática o que meu primo havia dito e outros amigos, aproveitar minha solteirice, dar a cada um o que merecem de mim e meu objetivo foi pura e simples diversão, dancei muito, conheci pessoas e terminei a noite com um garoto que não queria mais me largar e eu já cansada de dançar, depois que a festa já havia basicamente esvaziado e meus amigos estavam me chamando foi que pude largar o Diogo e então reparar que além de dançar bem ele era legal, tinha um papo agradável e era muuuito bonito, parece que na cidade os homens têm se encontrado em academias, por que agora só conheço meninos com "tanquinhos", não é meu estilo favorito, mas confesso que superficialmente aumenta a vaidade. Foi quando não quis trocar nem números nem nada, por que de coisas superficiais eu estou farta, muito fácil sair e encontrar 1 gatinho sarado e malhado, que fique colado em mim feito chiclete e possa eventualmente me satisfazer fisicamente...enfim, saí bem da festa, cumpri meu objetivo de diversão, e encerrei meu fim de semana bem comigo mesma e com o mundo. Não vou esquecer por um tempo a cena e a sensação de um desconfortozinho que passei lá com uma tal pessoa, mas isso vai me ajudar a ter mais cuidado com quem me envolver, com quem abrir minha vida e partilhar de certas intimidades, definitivamente não será fácil o tiquet pra fazer parte de mim e da minha vida. E para pessoas como ele, deixo a lembrança de algo que veio e se foi, o que me relembra do fluxo da vida, que pessoas vêm e vão, hoje não tenho mais problemas com isso, aprendi a viver com o que tenho, com as pessoas que estão aqui,..... amanhã?? ahhh que venham!

Honestamente tenho trazido comigo que não há mais necessidade da pressa de se viver tudo, haverá vários amanhãs, vários sois, cada um para ser contemplado de um jeito especial e em cada dia haverá algo em mim diferente para olhar a tudo de maneira diversa, slow down é meu lema, não significa que eu vá reduzir a intensidade com que vivo cada dia, mas que viverei cada coisa em intensidade de uma vez e não tuuuuudo ao mesmo tempo. É preciso saber degustar os momentos, para apreciá-los como merecem e saber dá-los seus devidos valores, tal como às pessoas, tal como à mim.

Nenhum comentário:

Postar um comentário

Poderá também gostar de:

Related Posts Plugin for WordPress, Blogger...
 

FemmeApoteose Copyright © 2010 Designed by Ipietoon Blogger Template Sponsored by Emocutez